"PRINCÍPIO GULAG"
>
> Maria Lucia Victor Barbosa
>
> 02/07/2011
>
> O Brasil está vivendo uma verdadeira septicemia corruptiva, uma infecção
> moral generalizada, cujo maior fomentador tem sido o ex-presidente Lula da
> Silva.
>
> Ao patrocinar a corrupção política dizendo sempre que nada sabe, nada viu;
> ao institucionalizar a prática de comprar parlamentares que foi apelidada de
> "mensalão"; ao abençoar companheiros aloprados; ao pregar que "se todo mundo
> faz nós também podemos fazer"; ao proteger o assassino Cesare Battisti
> rompendo tratado internacional ou acolher bandidos das Farc, ele sinalizou
> que tudo pode ser praticado impunemente. Acrescente-se que no momento a
> impunidade foi reforçada pela última invenção jurídica, segundo a qual,
> praticamente ninguém vai preso e quem está preso vai ser solto.
>
> Lula da Silva, é claro, não inventou a corrupção brasileira, mas a elevou a
> um grau assustadoramente alto. Hoje, só não rouba quem é honesto por
> princípio, por berço, por caráter. Porque as oportunidades estão
> escancaradas para quem quiser e, detalhe, sem riscos.
>
> O ex-presidente, que aparece ostensivamente quando sua afilhada política
> fraqueja e vacila, o que tem sido uma constante, indicou os principais
> ministros do atual mandato, companheiros que já o haviam servido. Entre
> eles, o reincidente Antonio Palocci, querido do mercado, mas famoso, entre
> outros casos, pela quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo o que no
> governo Lula ensejou sua queda. Como pessoas dificilmente mudam, Palocci
> despencou novamente envolvido numa cadeia de ilegalidades que foram
> fartamente noticiadas e documentadas pela imprensa. Como aconteceu com Lula
> da Silva, para que Rousseff não fosse atingida, Palocci bateu em retirada.
> Isto se deu de forma triunfal, em auditório estrategicamente lotado com
> sabujos palacianos que aplaudiram Palocci delirantemente.
>
> Escândalos, que durante os dois mandatos de Lula da Silva explodiram em
> escala nunca vista continuam atingindo altas autoridades, que seguem
> impávidas no país onde tudo é permitido. Se a pessoa é "amiga do rei", pode
> ficar sossegada.
>
> Esse, por exemplo, é o caso do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral,
> que se veio à televisão execrar os bombeiros aos quais paga salário de R$
> 950,00, chamando-os de vândalos e delinquentes, não apareceu para explicar
> suas nebulosas ligações com a iniciativa particular. As "zelite", como diz
> Lula da Silva, o que significa na língua "petê" os "malditos capitalistas"
> que sustentam campanhas milionárias, inclusive, as presidenciais, tendo
> depois sua "justa"
> paga em bilhões através de favorecimentos públicos.
>
> Junte-se ao espetáculo da avassaladora corrupção, o do cinismo extremo.
> Recentemente isso pode ser ilustrado pela performance do ministro Aloísio
> Mercadante que, acuado pelo fogo amigo, negou ter chefiado o "Dossiê dos
> Aloprados", sórdida montagem de dados falsos que visava derrubar a
> candidatura do tucano José Serra ao governo de São Paulo. Aliás, desse tipo
> de dossiê o PT entende.
>
> No país onde existe licença para roubar e para matar; que direitos humanos
> são apenas para bandidos; que é claro o objetivo de manter as novas gerações
> na ignorância ensinando que o certo é o errado, que 10 - 7 = 4; que a
> sociedade se encontra moralmente corrompida não sabendo mais distinguir
> entre o certo e o errado; outro enorme malefício, pouco notado, é inoculado
> pelos "intelectuais orgânicos" petistas. Vou chamá-lo de "princípio gulag".
>
> Este termo pertence a Vladmir Bukovsky, autor do "Tratado de Lisboa",
> dirigido aos portugueses e aos demais europeus. Afirma o autor: "Na URSS
> tínhamos o gulag". "Creio que ele existe também na UE, mas um gulag
> intelectual, designado por politicamente correto".
>
> De forma impressionante essa característica se adequa com perfeição também
> ao Brasil, pois conclui Bukovsky:
>
> "Experimentem dizer o que pensam sobre questões como raça e sexualidade".
> "Se suas opiniões não forem 'boas', ou seja, não forem politicamente
> corretas, vocês serão marginalizados". "E isto é o começo do que podemos
> chamar de princípio gulag, ou seja, o começo da perda da liberdade".
>
> Lula da Silva diz que não é de esquerda e o PT, para conquistar o poder
> máximo da República, acalmou o sensível mercado. Curiosamente, porém, o PT
> age com métodos totalitários, pois a propaganda anestesiou a sociedade que
> se quedou extasiada diante da retórica inflamada de um pequeno Hitler
> terceiro-mundista. Ao mesmo tempo, palavras pervertidas apareceram com uma
> visão deslocada que deforma a perspectiva de conjunto. O PT criou uma
> "novilíngua" adaptada ao politicamente correto. Assim, somos confrontados a
> um astigmatismo social e político. Enxergar de outro modo seria preconceito
> o que acarreta autocensura. A continuar assim o PT não sai do poder nem
> daqui a vinte anos.
>
> Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga.
>
> Maria Lucia Victor Barbosa
>
> 02/07/2011
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> O Brasil está vivendo uma verdadeira septicemia corruptiva, uma infecção
> moral generalizada, cujo maior fomentador tem sido o ex-presidente Lula da
> Silva.
>
> Ao patrocinar a corrupção política dizendo sempre que nada sabe, nada viu;
> ao institucionalizar a prática de comprar parlamentares que foi apelidada de
> "mensalão"; ao abençoar companheiros aloprados; ao pregar que "se todo mundo
> faz nós também podemos fazer"; ao proteger o assassino Cesare Battisti
> rompendo tratado internacional ou acolher bandidos das Farc, ele sinalizou
> que tudo pode ser praticado impunemente. Acrescente-se que no momento a
> impunidade foi reforçada pela última invenção jurídica, segundo a qual,
> praticamente ninguém vai preso e quem está preso vai ser solto.
>
> Lula da Silva, é claro, não inventou a corrupção brasileira, mas a elevou a
> um grau assustadoramente alto. Hoje, só não rouba quem é honesto por
> princípio, por berço, por caráter. Porque as oportunidades estão
> escancaradas para quem quiser e, detalhe, sem riscos.
>
> O ex-presidente, que aparece ostensivamente quando sua afilhada política
> fraqueja e vacila, o que tem sido uma constante, indicou os principais
> ministros do atual mandato, companheiros que já o haviam servido. Entre
> eles, o reincidente Antonio Palocci, querido do mercado, mas famoso, entre
> outros casos, pela quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo o que no
> governo Lula ensejou sua queda. Como pessoas dificilmente mudam, Palocci
> despencou novamente envolvido numa cadeia de ilegalidades que foram
> fartamente noticiadas e documentadas pela imprensa. Como aconteceu com Lula
> da Silva, para que Rousseff não fosse atingida, Palocci bateu em retirada.
> Isto se deu de forma triunfal, em auditório estrategicamente lotado com
> sabujos palacianos que aplaudiram Palocci delirantemente.
>
> Escândalos, que durante os dois mandatos de Lula da Silva explodiram em
> escala nunca vista continuam atingindo altas autoridades, que seguem
> impávidas no país onde tudo é permitido. Se a pessoa é "amiga do rei", pode
> ficar sossegada.
>
> Esse, por exemplo, é o caso do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral,
> que se veio à televisão execrar os bombeiros aos quais paga salário de R$
> 950,00, chamando-os de vândalos e delinquentes, não apareceu para explicar
> suas nebulosas ligações com a iniciativa particular. As "zelite", como diz
> Lula da Silva, o que significa na língua "petê" os "malditos capitalistas"
> que sustentam campanhas milionárias, inclusive, as presidenciais, tendo
> depois sua "justa"
> paga em bilhões através de favorecimentos públicos.
>
> Junte-se ao espetáculo da avassaladora corrupção, o do cinismo extremo.
> Recentemente isso pode ser ilustrado pela performance do ministro Aloísio
> Mercadante que, acuado pelo fogo amigo, negou ter chefiado o "Dossiê dos
> Aloprados", sórdida montagem de dados falsos que visava derrubar a
> candidatura do tucano José Serra ao governo de São Paulo. Aliás, desse tipo
> de dossiê o PT entende.
>
> No país onde existe licença para roubar e para matar; que direitos humanos
> são apenas para bandidos; que é claro o objetivo de manter as novas gerações
> na ignorância ensinando que o certo é o errado, que 10 - 7 = 4; que a
> sociedade se encontra moralmente corrompida não sabendo mais distinguir
> entre o certo e o errado; outro enorme malefício, pouco notado, é inoculado
> pelos "intelectuais orgânicos" petistas. Vou chamá-lo de "princípio gulag".
>
> Este termo pertence a Vladmir Bukovsky, autor do "Tratado de Lisboa",
> dirigido aos portugueses e aos demais europeus. Afirma o autor: "Na URSS
> tínhamos o gulag". "Creio que ele existe também na UE, mas um gulag
> intelectual, designado por politicamente correto".
>
> De forma impressionante essa característica se adequa com perfeição também
> ao Brasil, pois conclui Bukovsky:
>
> "Experimentem dizer o que pensam sobre questões como raça e sexualidade".
> "Se suas opiniões não forem 'boas', ou seja, não forem politicamente
> corretas, vocês serão marginalizados". "E isto é o começo do que podemos
> chamar de princípio gulag, ou seja, o começo da perda da liberdade".
>
> Lula da Silva diz que não é de esquerda e o PT, para conquistar o poder
> máximo da República, acalmou o sensível mercado. Curiosamente, porém, o PT
> age com métodos totalitários, pois a propaganda anestesiou a sociedade que
> se quedou extasiada diante da retórica inflamada de um pequeno Hitler
> terceiro-mundista. Ao mesmo tempo, palavras pervertidas apareceram com uma
> visão deslocada que deforma a perspectiva de conjunto. O PT criou uma
> "novilíngua" adaptada ao politicamente correto. Assim, somos confrontados a
> um astigmatismo social e político. Enxergar de outro modo seria preconceito
> o que acarreta autocensura. A continuar assim o PT não sai do poder nem
> daqui a vinte anos.
>
> Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga.
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