sábado, 22 de fevereiro de 2014

As lições dos policiais de elite para os profissionais

Pesquisadores estudam o trabalho dos grupos de policiais de elite e mostram o que eles podem ensinar sobre comportamento profissional

 São Paulo - Longe dos amenos corredores corporativos e das decorações impessoais, há muita gente que arrisca a própria vida para cumprir suas tarefas diárias. Policiais fazem isso por um salário de 3 000 reais (em média), bem menos do que o de um analista, cargo básico de grandes companhias.

Interessados em entender o que faz uma pessoa escolher essa profissão, os professores Carmen Migueles, da Fundação Getulio Vargas do Rio de Janeiro (FGV-RJ), e Marco Tulio Zanini, da FGV-RJ e da Fundação Dom Cabral, de Minas Gerais, juntaram-se a Márcio Colmerauer, chefe de gabinete da Secretaria de Planejamento e Gestão do Rio de Janeiro, e saíram a campo para estudar o comportamento dos policiais de elite do ponto de vista do trabalho.

O resultado está no livro A Ponta de Lança, previsto para ser lançado no segundo semestre deste ano. Em quase três anos, o trio entrevistou oficiais e soldados do Batalhão de Operações Policiais Especiais (o Bope), do Comando de Operações Táticas (COT), da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e de seis equipes da Swat (sigla em inglês da divisão especial da renomada polícia americana), que estiveram na mira dos pesquisadores.
“Essas equipes dão exemplos de como a boa gestão pode suplantar dificuldades e estabelecer padrões de grande desempenho”, diz Marco Tulio. A seguir, os ensinamentos que as tropas de elite podem, de verdade, passar aos profissionais.
1 Ação norteada pelo ideal
Uma característica central das equipes de operações especiais é a ação norteada por um ideal. “Há um forte sentimento de orgulho, de pertencimento e lealdade”, diz Marco Tulio. No mundo corporativo, a missão é uma frase grudada na recepção da empresa, mas ninguém cuida de segui-la à risca.
“Não se discute como cada tarefa, cada treinamento e a disciplina pessoal são importantes para respeitar a missão da companhia”, diz Carmen Migueles. A solução para o profissional é refinar suas próprias crenças, estabelecendo para si mesmo um padrão ético em que acredite e cumpra firmemente. “Nesse caso, a pessoa tem de escolher um emprego numa empresa que compartilhe dos mesmos valores”, afirma Marco Tulio.
2 Confiança e lealdade 
Um dos dilemas na vida corporativa é a construção de vínculos de confiança nas relações de trabalho. “Os profissionais têm medo de confiar uns nos outros, pois pensam que se revelarem uma boa ideia podem ser passados para trás”, diz Carmen. Nas tropas de elite, confiança é uma valor praticado a cada missão. Boa parte da coragem de um policial depende da crença de que seus colegas de equipe protegerão sua vida num confronto.

Se esse vínculo se quebra, o sucesso de uma ação fica comprometido. Uma razão para que esse vínculo pessoal forte não ocorra nas empresas é a distância muito grande entre discurso e prática — um defeito comum em diversas companhias. “No dia a dia, trabalha-se em busca de ganhos imediatos, mas o que fortalece a lealdade é uma cultura sólida”, afirma Marco Tulio.

3 Liderança 

A hierarquia é uma característica marcante das polícias. Existem muitos níveis de comando e muita formalidade entre eles. Isso não significa, no entanto, rigidez total. Segundo os pesquisadores, existe harmonia entre a liderança formal e a informal, até mais do que em empresas. Em muitas operações, a liderança é assumida por um profissional de patente inferior que conhece melhor o contexto, com o consentimento do líder formal.
É um exemplo, de acordo com Carmen, do que fazer quando se fala que todo profissional deve ser um líder. A questão é ter capacidade de tomar decisões sem que alguém tenha de dizer que parâmetro usar. “Se o profissional tiver de esperar sempre alguém para dizer o que ele deve fazer, os erros serão inevitáveis”, diz Carmen.
4 Espírito de corpo
Esprit de corps é a expressão francesa que, traduzida literalmente para o português, significaria espírito de corpo. No Brasil, usa-se mais o termo corporativismo, embora seja carregado de uma conotação negativa — por aqui, ser corporativista é confundido com ser interesseiro ou bajulador.
A expressão original, porém, permite uma interpretação positiva: o sentimento de “um por todos e todos por um”. Mais que trabalho em equipe, ela demonstra que o grupo está unido por uma missão maior e que, diante de uma ameaça, os integrantes se mobilizam para defender o grupo. “Nas forças policiais não há espaço para o egoísmo”, diz Marco Tulio. “Cada um deve ter a consciência de que seus atos têm forte influência sobre a equipe, como deveria ser entre profissionais de qualquer área.”
5 Treinamento e seleção
Há uma diferença entre o ritmo das equipes de elite e o das polícias convencionais. O treinamento para entrar no Bope chega a ser cruel, como foi retratado no filme Tropa de Elite. “Metade dos alunos desiste na primeira fase”, afirma Alberto Pinheiro Neto, coronel da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, explicando que o treinamento é uma quebra brutal da rotina, na qual se dorme pouco e se alimenta mal.
“Na seleção reconhecemos quem realmente tem capacidade física e psicológica e desejo de estar na equipe”, diz o coronel. Nessas equipes, o sentimento de pertencimento começa nesse árduo processo de recrutamento. O mundo corporativo não pode usar as mesmas regras, obviamente, mas o exemplo do Bope sugere que talvez nem empresas nem profissionais estejam sendo suficientemente criteriosos na escolha do funcionário e do emprego. “A decisão é, quase sempre, tomada com base em resultados de curto prazo”, diz Carmen.

 

6 Controle emocional 
Manter-se lúcido para tomar decisões, mesmo diante de conflitos e em momentos de extrema agonia, principalmente em situações de combate, quando é possível ter companheiros atingidos gravemente. É assim que as forças policiais atuam. “Controle emocional é não permitir que o pânico e o medo levem o policial a agir de forma precipitada”, afirma Marco Tulio. Nas equipes da Swat, nos Estados Unidos, que atuam no resgate de reféns e no combate ao crime organizado, o controle emocional é essencial.
“A Swat opera em situações críticas nas quais a vida dos cidadãos está em risco. Uma ação afoita pode colocar os inocentes em risco”, diz Marco Tulio. Nas empresas, o profissional deve manter o controle para tomar decisões. “Usar a razão no lugar da ação sem reflexão é essencial”, diz Marco Tulio. 

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Brasil NÃO quer o PT
DILMA JOGANDO SEU DINHEIRO NO LIXO! OPS EM CUBA!

AQUI EST´TÃO BOM QUE OS CUBANOS NAO QUEREM FICAR
No ano passado foi arrecadado R$ 282 milhões com o IPTU, este ano a previsão é de R$ 820 milhões", diz auditora

A auditora fiscal e professora de Direito Tributário Karla Borges foi a entrevistada do Jornal da Bahia no Ar na manhã desta quinta-feira (13). Durante a conversa, ela foi enfática em relação ao aumento do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) concedido pela prefeitura de Salvador. "É absolutamente inconstitucional e eu não estou falando de dispositivos legais que contrariam a lei. Não só houve aumento de imposto, como houve também aumento de alíquota. Os ricos foram beneficiados, a população de baixa renda que pagava menos, passou a pagar mais", disse.

"O IPTU nunca foi o tributo mais importante para a cidade. A previsão orçamentária de arrecadação é de R$ 820 milhões, era para ser de R$ 300 milhões, sem o aumento. No ano passado foi de R$ 282 milhões. A cidade não vai parar e não pode parar. Eles acabaram com o cadastro imobiliário da cidade de Salvador, eu não sei se nos próximos 10 anos a gente vai conseguir refazer o cadastro da cidade", completou.

Borges ainda criticou a formulação do projeto do aumento do IPTU. "Um projeto desta natureza não pode ser feito sozinho pela Sefaz. Tem que ser feito em parceria com a Secretaria de Habitação e a Procuradoria Geral do Município. É preciso ter humildade e dizer que a gestão fazendária errou, a Casa Civil também errou, ela tinha a obrigação de analisar o projeto e ver se ele estava certo", analisou.
MUITO BOA ESSA ENTREVISTA, UMA PESSOA SEGURA DO QUE ESTAVA FAANDO
Foto de Segurança Pública de SP.

VCS SABEM QUE SININHO É FILHA DE UM DOS QUE FUNDARAM O PT?
POISÉ

domingo, 20 de maio de 2012

O ENSINO NO MUNDO

Coreia do Sul

A Coreia do Sul praticamente erradicou o analfabetismo no país e hoje figura entre os grandes nomes da educação mundial. O sucesso se deve principalmente ao investimento maciço na base da formação: o ensino fundamental. Enquanto muitos países - entre eles, o Brasil - destinam milhões aos cofres de instituições de ensino superior, os coreanos decidiram começar pelas crianças e estender o apoio ao ensino médio. Entre os grandes feitos do sistema, estão o prestígio dos professores, que recebem ótimos salários, a infraestrutura de qualidade e o ótimo desempenho dos alunos. Ao todo, são 12 anos de estudo: seis de ensino fundamental, três séries intermediárias e outras três de ensino médio.

“No Brasil, existe uma preocupação muito grande em colocar muita gente na faculdade. Outros países, entre eles a Coreia do Sul, estão fazendo o contrário. Focam no ensino básico e, por causa disso, estão dando certo. Se você tem uma boa educação básica, não haverá universidade ruim, porque os bons alunos vão forçar a universidade”, destaca o ex-ministro da Educação.

Segundo a Asia Society, organização que trata de relações culturais e educacionais entre países asiáticos e os Estados Unidos, o currículo prevê disciplinas tradicionais, como estudos sociais, ciências e matemática, além de lições de educação moral, música e artes. Meninos e meninas estudam tecnologia e ciências domésticas. O clima de competição entre os alunos também é uma forte característica do ensino coreano. Prova disso é que, depois do turno escolar, muitas crianças ainda participam de aulas de reforço em institutos especializados em exatas, por exemplo.

O ENSINO NO MUNDO

Xangai

A mais rica província chinesa não ilustra o ensino em todo o país, mas surpreende ao alcançar o primeiro lugar em todas as áreas avaliadas pelo Pisa (Matemática, Ciências e Leitura). Entre os mais de 1,3 milhão de alunos divididos em uma rede de mais de 1.500 escolas de ensino básico, o esforço contínuo é estimulado pela escola e, mais ainda, pela família. Ter aulas aos domingos, em salas pequenas e lotadas, é normal. O sistema, aliás, é bastante tradicional: professores repassando conteúdo, vários exercícios ao final da aula. A rotina vale tanto para os mais velhos, que se aproximam da realização do gao kao, o exame nacional de admissão universitário, quanto para crianças, que começam a se adaptar à exigente rotina desde muito jovens.

De acordo com a Shanghai Education Association for International Exchange (SEAIE), organização que promove intercâmbios educacionais em Xangai, a província foi a primeira a implementar o sistema de nove anos de ensino compulsório. Além das disciplinas tradicionais e do inglês, a segunda língua, a educação básica prevê várias atividades extracurriculares, que tratam de esportes, artes e proteção ao meio ambiente. Segundo a entidade, as alternativas buscam “enriquecer a vida escolar dos alunos”.

Para Cristovam, a exemplo de Xangai - e dos demais países que integram essa lista -, o ensino público deve ser prioridade. “A escola particular deve ser uma alternativa para a família que busca algo a mais, como o ensino de uma língua estrangeira ou uma formação religiosa, mas não uma fuga da escola pública, como acontece no Brasil, onde as particulares são alternativa à má qualidade do ensino público”, afirma. “Isso é um erro gravíssimo, porque poucos podem pagar uma escola particular”, acrescenta.

Responsabilidade das províncias, a educação chinesa varia muito de um lugar para o outro. No caso de Xangai, o bom desempenho dos alunos contraria os rumos do ensino em países desenvolvidos. A diferença na formação está na obsessão pelo estudo. Internet, computadores e outros estímulos tecnológicos estão fora das salas de aula. Em Xangai, a ordem é prestar atenção ao que o professor diz e executar quantos exercícios forem necessários - ainda que isso renda turnos de aula até nos finais de semana.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Exercício físico ajuda a diminuir pressão arterial, diz estudo Reduzir

A pressao arterial pode ser controlada com esportes diversos. Foto: Getty Images A pressao arterial pode ser controlada com esportes diversos
Foto: Getty Images
O exercício físico pode ajudar a diminuir o risco de hipertensão em pessoas que têm um histórico familiar de incidência desta doença, publicou nesta segunda-feira a revista Hypertension, publicação da Associação Cardíaca dos Estados Unidos.
O estudo, realizado com seis mil voluntários, diz que as pessoas que têm familiares com pressão alta mas que realizam exercício físico têm um risco 34% menor de apresentar o problema em relação a quem não estava com bom condicionamento físico."É muito importante entendermos o papel do histórico familiar e da condição física", disse Robin P. Shook, da Escola Arnold de Saúde Pública da Universidade do Sul da Califórnia.
"Os resultados do estudo têm uma mensagem prática: mesmo níveis moderados de exercício, como por exemplo 150 minutos de caminhada rápida por semana, trazem benefícios para as pessoas com pré-disposição para desenvolver pressão alta em função de seu histórico familiar", explicou Shook.
Estudos anteriores mostraram que o histórico familiar é responsável por entre 35% e 65% das chances de uma pessoa apresentar a doença, número que depende de qual dos progenitores teve ou têm a doença e de quando começou o problema.
Durante o estudo, 1.545 dos participantes desenvolveram hipertensão. A pesquisa descobriu que tomando em conjunto as pessoas com e sem histórico familiar de pressão alta, um alto condicionamento físico diminui em 42% as chances de surgimento da hipertensão. No caso de níveis moderados de aptidão física, esse risco caiu 26%.
As pessoas com baixo nível de aptidão física e um familiar com hipertensão mostraram risco 70% maior de desenvolver a hipertensão, em comparação com as pessoas com boa aptidão física e sem histórico familiar de pressão alta.